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WB002 EP

“I See Wind, I Hear Voices” is Tam’s debut on Wasser Bassin. The label’s second is now aimed to the dancefloor, and – we ought to say – it is a mean dancefloor: Powerful kick-drums, fat basslines and acid synths, all wrapped up in low-motion House dynamics.

In the artist’s own words ” All the tracks tell a tale. I was interested in finding some meaningful words to go with the music. I wasn’t really into the “Oh, Yeah!” kinda stuff, manly because the tracks were a bit downtempo and something like that would sound frivolous, or too damn obvious. I was always fascinated by charismatic voices, so I chose the words of a deeply charismatic preacherman: Jim Jones. Oratory is very important, and he truly mastered this talent. Although, I am aware that Mr. Jones’ actions led to a terrible mass suicide, his words, when taken out of its gruesome context, sound fairly sensible… I could believe in those words, as if madness could make perfect sense in my daily life. This constitutes a very good example of a paradox, and all I did was adding some music to that paradox .”

Well, lets prepare ourselves for the Disco-House Drama created by Mr. Tam!

“And the beat goes on…”“I See Wind, I Hear Voices” é a estreia de Tam na Wasser Bassin Records. O segundo lançamento da editora revela-nos um registo mais dançante, cujo objectivo primordial é o de contaminar as pistas de dança com batidas quentes e linhas de baixo robustas, tudo devidamente embrulhado em melodias ácidas, seguindo a boa tradição do House.

Parafraseando o autor “Todas as faixas contam uma história. Eu estava interessado em transmitir algo com significado. O corriqueiro ‘Oh, Yeah!’ que povoa quase toda música de dança não me cativa; primeiro, porque não se enquadra na dinâmica da minhas músicas; segundo, porque tal expressão tem um pendor um tanto ou quanto frívolo, para não lhe chamar óbvio! As vozes carismáticas sempre me fascinaram, pelo que escolhi as palavras dum pregador carismático: Jim Jones. A oratória é dom de usar as palavras para atingir metas, talento que ele dominava com assinalável mestria. Fico algo perplexo comigo mesmo, mas acho justo afirmar que, apesar de estar ciente que as acções do Sr. Jones culminaram num terrível suicídio em massa, as suas palavras, quando postas fora do seu tenebroso contexto, soam-me bastante sensatas. Eu sinto-me capaz de acreditar nelas, como se a loucura fosse a parte mais lúcida do quotidiano. Isto é um bom paradoxo… O que eu fiz foi juntar-lhe alguma música.”

Bem, preparemo-nos para o Disco-House Drama do Sr. Tam!

“And the beat goes on…”

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