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Julgo que desde o bíblico lavar de mãos de Pilatos que não se falava tanto da higiene manual. Ora, se o governador de César executou o simples acto para se eximir da responsabilidade acerca do destino dum homem que, na altura, pouco dizia aos romanos; nós, ao invés, fazemo-lo repetidamente para nos livrarmos dum vírus que diz respeito a todos.
O gesto simples e prático de Pilatos, mas profundamente irresponsável, culminou com a morte de Cristo, e, por consequência, com o dealbar duma nova religião. Com essa nova religião vieram disputas, perseguições, discriminações, fronteiras, guerras divinas e preconceitos entre povos. Nesse longo processo histórico-social, alguns homens fizeram-se santos, mas ainda assim, tal condição carece de confirmação científica.
O lavar de mãos contemporâneo é, sem dúvida, doutra natureza, pois este vírus, descontando a designação algo pretensiosa, não conhece preconceitos, derruba todas as fronteiras e não discrimina etnias ou raças. É uma entidade prática e objectiva, com uma finalidade óbvia e matematicamente comprovada: multiplicar-se até às últimas consequências. Contudo, porque não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe, esta crise, mais cedo ou mais tarde, irá passar… A história assim nos ensinou…
Por ora, sejamos cuidadosos connosco próprios e com quem nos é próximo, carinhosos com aqueles que estão doentes, e particularmente gratos com quem anda combater a doença e a manter a sociedade em funcionamento.
Termino este boletim com a profunda esperança que esta pandemia não dê origem a uma nova ordem mundial dirigida por homens ou mulheres providenciais, elevados ao poder com base no medo e desconfiança dos povos. Para um mal universal, sabedoria universal: – Assim se escreve humanidade.
Beijos e abraços para todos!!!